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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ELISA E SUA PISCINA.... ILHA/DEZEMBRO 2012


Elisa com o pai na ilha... Dezembro/2012.


ELISA E O ANIVERSÁRIO DA SEREIA

Passamos o Réveillon na Ilha de Itaparica. E como de costume, virada de ano com muitos fogos. Uma situação delicada para mim e Pedro, afinal Elisa morre de medo de fogos. Realmente foi traumatizante. Já em casa, qualquer barulhinho de fogos, já era motivo para choro, expressar: "estou com medo", correr para abraçar minhas pernas e o mais difícil de contornar até hoje: medo de ficar só em qualquer parte da casa. 
Com essa situação, já esperávamos o quanto seria difícil o dia 02 de fevereiro morando em pleno Rio Vermelho. Na tentativa se suavizar o momento, fui preparando o terreno com muitas explicações: que seria o aniversário da sereia e que os pescadores muito felizes soltariam fogos pela festa. E como toda festa teria bolo, bola, docinhos, flores e um pouquinho de fogos. 
Chega o dia 02 de fevereiro, dia de festa no mar!!!! Em um movimento de inclusão, explico que levaríamos flores para a Sereia! Fui com ela na floricultura, compramos rosas brancas, mostrei a imagem de Iemanjá e com Pedro jogamos as rosas na praia do buracão. 
Durante o dia, muitos fogos. Ela corria para minhas pernas e eu explicava: "filha, não tenha medo é o aniversário da sereia". Enfim...
Acontece que por volta das 16h30, com a saída dos barcos para o mar, muitos fogos aconteceram. Inclusive na festa privada do prédio em frente ao meu. Ela ficou apavorada! Noite difícil, muito choro, até que de madrugada foi dormir em nossa cama. 

Agora a perola no dia seguinte:

Bem cedinho ela diz:
"Não gosto dessa sereia. Essa sereia é feia, chata, vitória, carniça" 
"Gosto de outra sereia. A sereia de Dokin" (desenho do Discovery Kids)
"Não gosto desse aniversário. Gosto de outro aniversário - o aniversário de Di" (a madrinha Lilian)





MAIS UMA DE ELISA... 18/02/2013

Elisa é uma mistura: inteligência que mescla a suavidade do seu olhar, afago, beijinhos e o uso de diminuitivos - "inhos e inhas", bolsinha, joguinho, denguinho, cherinho... Com um rompante de palavras (ainda sem a apropriação do  seu significado) ditas em tom firme, provocativo e quase desaforado. Discursos em palavras-gestos, vontade de ser gente, pessoinha com seus desejos e afirmações no mundo. 

Hoje ganhou de Helena uma bolsinha de lápis. Que ela se refere: minha bolsinha. Com o pai em uma brincadeira, que repetia que a bolsinha era dele e não dela, como resposta a essa provocação paterna, jogou a bolsinha em direção aos olhos do pai. O som "splafte" anuncia que o gesto não vai terminar em coisa boa. Eu, com o coração apertado, já esperava que Pedro a repreendesse com uma palmada.  O que rolou foi uma repreensão em palavras do tipo: fez coisa errada, não se bate em papai.... etc. Na tentativa de contornar a situação, digo: filha não se pode fazer isso com papai. Peça desculpa. Ela pede, mas do jeito dela. DESCULPA! Quase aos gritos, desaforadamente. Eu retomo a conciliação: é assim que se pede desculpas? Ela novamente, grita e provoca: DESCULPA PAPAI! E a coisa vai virando confronto. Até que Pedro fica extremamente sério. E diz que estava machucado. Sabe o que ela diz: "não tem problema, passa um gelinho". "Mamãe pega um gelinho para papai". E complementa essa colocação com a seguinte pérola: "coincidência papai". Como se o jogar a bolsinha nos olhos do pai, tivesse sido uma coincidência. Coincidência papai, repetia. Agora me diz: onde aprendeu essa palavra? E que uso mais inteligente e safo foi esse? Coincidência uma solução inteligente para se redimir de qualquer responsabilidade.