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sexta-feira, 30 de julho de 2010

MAIS UMA FOTINHA...


Essa foi em sampa, no flat em que morei no semestre do Doutorado. Se não me engano, já estava com 5 meses completos de gestação!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Explicando algumas exclusões...

Minhas companheiras...
Antes tinha postado algumas cartas de Pedro para Maria Elisa, suas leituras do Evangelho de Kardec - em 7 capítulos. Pois quando estava em São Paulo frequentava aos domingos a Igreja Batista de Perdizes e para nossa filhota ter acesso também a formação espiritual do pai, sugeri que ele escrevesse textos espiritas. Afinal sou uma mainha Batista e Pedro, um pai espiríta. Assim toda vez que ele me mandava um texto via e-mail, lia para ela. Pois pensamos que deste cedinho, nossa filhota tem que ter essa prática espiritual. Sem intolerâncias e dominações...
Mas... como a internet é um espaço que não temos controle sobre quem compartilha a informação, após uma conversa com Pedro, resolvi excluir. Pelo simples motivo de que cada texto escrito também tinha muitas informações pessoais e do cotidiano em família. É uma pena, porque pensei em publica-los aqui como uma inspiração para futuros papais...
Enfim... peço desculpas a quem já leu e a Aninha que postou um cometário carinhoso.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

E SE A GENTE PUDESSE GUARDAR O TEMPO?


A sensação que fica é de como tudo passou tão rápido! Eu não sei se foi essa minha vida tão cigana que dispersou bastante a gestação. Mas se eu pudesse pararia o tempo agora para curtir mais minha barriga e as sensações que sinto na sua companhia, filha minha.
...

Nos primeiros 3 meses iniciais, ainda que muitas mudanças corporais aconteçam para que a gestação chegue até o final, como por exemplo a avalanche hormonal e todas as suas consequências (falta de disposição física ao amanhecer, instabilidade no humor, enjôo e exacerbação do olfato e paladar); parece que a encarnação da gravidez custa a chegar. Afinal são tantas sensações ambíguas, um reconhecimento interno de que, de fato, algo novo acontece e a sensação externa, de que não é bem assim.
A barriga não cresceu o suficiente ainda para se ter uma imagem interna construída e volta e meia, a gente se vê levantando super rápido da cadeira, esbarrando nos lugares, em uma agilidade que não cabe mais a esse corpo. Até que a própria gravidez lhe sirva de lembrete: um repuxo no pé da barriga - um nó que se forma e você se lembra que precisa saber dividir os seus comandos corporais com outro ser.

Lembro-me que até no quinto mês de gestação com uma barriga enorme também tinha uma dificuldade de dimensionar-me no espaço. O que às vezes me causava alguns micos. Como no dia que cheguei uns 10 minutos atrasada na aula do Doutorado e fui tentar sentar nessas cadeiras escolares comuns (que tem um braço) e não coube. Fiquei meio que entalada. E foi muito engraçado, porque ainda tentava que coubesse. Até que Helena falou: “Marcinha, não dá mais”. Ou alguma coisa parecida com essa frase...Rimos muito!!!

E assim a gente segue, meio que “é ou não é”???!!!! Em um fazer-se junto sagrado. Aprendendo com cada etapa, a conceder espaços, vontades e desejos. A dividir-se, como um verbo encarnado, mesmo que você ainda não tenha aprendido a conjugar. Para que mais que de repente, chegar no 8º mês...

Tempo, tempo, tempo... E se a gente pudesse te guardar?

Guardaria o dia em que conferi o resultado do BHCG pela internet. A emoção sem palavras de estar carregando um ser dentro de mim...
O dia em que soubemos que você era uma menininha, num ir e vir de imagens da minha infância em ti. Logo pensei em você vestida de bailarina. Dando os primeiros passos no balé...
O primeiro chute. O susto que levei, pela tamanha força!!! Vida em movimento rompendo a frieza de uma defesa de doutorado na PUC. Fazia um frio danado e o ambiente era tão formal, que tive que me conter para não abrir o berreiro ali. Meus olhos se encheram de água e ao mesmo tempo em tinha vontade de gargalhar.

...TANTOS OUTROS MOMENTOS JUNTAS, eu e você... minha companheira de Doutorado, de aeroporto, de refeições solitárias, noites de insônia e situações engraçadas. Como a vez que no avião, um passageiro sentou ao meu lado e eu comecei a enjoar o mal cheiro que ele tinha. Como disfarçar? Ao mesmo tempo em que era tão gentil e cuidadoso com a gravidez. Conversava com ele com a cara virada na direção oposta, para a janela. Pense que situação?????

PARA AGORA CHEGAR AQUI... como quem chega e quer frear o tempo. Guardar a barriga, a sensação de você mexendo cada vez mais e me lembrando: estou chegando!

Mas sei também que outros tempos virão. A hora do parto e de ter você nos meus braços. E como sempre fazemos, provavelmente, iremos pensar que este será um tempo melhor do que o passado, porque você estará presente em nós, corporificada de outro jeito. E será um tempo de divisão partilhada. O milagre de te dividir também fisicamente com seu pai, que terá acesso direto a você, sem precisar passar por mim. E assim aprenderemos juntos que o amor não é egoísta e que a relação umbilical, também passa por fios de afetos invisíveis, tecidos de outras maneiras, não apenas a visceral entre mãe e filha.

Te aguardamos minha filha, com outros tempos...

Venha em Paz, com muito amor e protegida como a menina dos olhos de Deus!

domingo, 25 de julho de 2010

INSTINTOS ANIMAIS NA GESTAÇÃO...


DARWIN TINHA RAZÃO! Muito do meu comportamento manifestado na gestação não surgiu do nada, são traços herdados pela linhagem animal. Não quero com essa hipótese polemizar sobre a origem da vida, ainda que acredite nas duas possibilidades apresentadas a mim, ou seja, a Darwinista e a religiosa (descrita em Gêneses na Bíblia). MESMO QUE SEJAM OPOSTAS! Mas faço um bololô entre a espécie animal, Adão e Eva.

Mas vamos para o que me toca... É impressionante como percebo certos traços animais em mim. Digamos que traços presentes entre os mamíferos, a começar pelos grandes e pequenos felinos. Espécie que tenho mais familiaridade, devido a minha prática como Médica Veterinária. Vamos lá...

- HABILIDADE EXTRA-SENSORIAL: Certa capacidade de prever as coisas (presságio). É claro que isso já estava aflorado em mim. Por ser uma pessoa mais atenta ao universo e as intuições. Mas com a gestação, digamos que essa habilidade veio junto com um instinto de proteção da cria, preservação da espécie. Pois outro dia aqui na rua tinha um carro estacionado atrás do carro que iríamos sair. Mas na hora que ia entrar no carro (para esperar que o de trás desse a marcha ré), recuei. Fui questionada. E disse: “Não vou entrar porque é bem capaz que o carro do fundo cause um acidente. Bata no seu. E eu dentro do carro, terei um impacto muito maior”. O que aconteceu? Exatamente isso. Uma batida sem estragos maiores, porém de grande impacto. Tanto que do lado de fora, tomei um susto tão grande, que fiquei me tremendo. E ainda ouvi: Ehhhhhh boca!

- ESTADO DE ALERTA: Sinto-me como se tivesse expandido todos os meus sentidos. O olfato, a audição, a visão, o paladar... Como estratégias corporais de sobrevivência. A exemplo, do paladar, pois se como algo e percebo que não está bom, não como. Como também a visão. Ainda que míope, parece que o campo visual ampliou-se. Hoje sinto que tenho visão periférica. Acreditem! A sensação é que tenho um tipo de radar corporal. Acoplamentos no corpo (papilas gustativas, bigode, orelhas e rabo, como nos felinos) a sinalizar se algo não vai bem. Para que, a depender da situação, possa variar entre uma extra-cautela (precaução) e ousadia (agressividade). Traços de sobrevivência herdados da espécie animal.

- OUSADIA/AGRESSIVIDADE: Quero sublinhar esse traço. Para tal tarefa, imaginem alguma fêmea lutando para proteger a sua cria. E por que tal destaque? Justamente, porque o meu comportamento habitual tende a mansidão, para não escrever certa covardia. Não costumo confrontar e nem tirar satisfação de nada. Mas agora... Tenho uma resposta afiada na boca. E sou capaz de brigar para manter a minha cria aqui comigo. Como se não houvesse mais nada importante nesse mundo, apenas o meu filhote, a minha filha. Sou capaz de dar a vida por ela. E devo dizer que isso tem gerado muito stress. Quando vejo, já disse um monte de coisas. O que dizer? Penso que são traços da personalidade herdados de maneira evolutiva da linhagem animal.

- SELEÇÃO: Digamos que é uma tendência muito ligada ao estado de alerta e pode ser traduzida como a capacidade de avaliar/selecionar qual é o lugar/ambiente seguro para habitar/estar. Pois na gravidez além das recomendações para reduzir o trânsito entre os ambientes, por conta da prevenção de doenças ou até mesmo pela própria restrição da movimentação e falta de agilidade, sinto que tem algo mais... Parece que quando chego a um ambiente, faço instintivamente uma busca territorial. Como quem faz um estudo para avaliar se o lugar que me encontro é de fato seguro. Vejo-me como um animal que estuda cada saída, cada abrigo, etc. como um mecanismo de proteção contra predadores. Falo assim, porque estou muito mais atenta às possíveis situações de perigo ou pessoas que se aproximam no cotidiano. Talvez esse traço tenha sido muito estimulado no período que fiquei sozinha em São Paulo e precisava calcular meus deslocamentos diários. Afinal era somente eu e minha cria. Quem nos salvaria?

- ECONOMIA DE ENERGIA: Ahhhhh esse traço tem sido observado constantemente. Ainda que de formas distintas nas diversas fases da gestação. Como se a fadiga, a falta de concentração e memória fossem estratégias corporais para economizar energia. Vamos contextualizar... Digamos que no início da gestação a vontade incontrolável de dormir (o sono desesperador que te faz dormir em pé, se preciso!) e certa lentidão, podem ser entendidos como comandos corporais para redução do ritmo. Afinal é preciso desacelerar e não cometer esforços desnecessários para se garantir a implantação do embrião no útero. Uma economia de energia revertida à sobrevivência do outro ser no corpo. Nesse sentido o corpo é muito inteligente, se refaz quimicamente para garantir a permanência da espécie. Já depois do 4º mês, após a fase de adaptação hormonal com todo aquele enjôo e olfato exacerbado, percebe-se uma falta de memória absurda. Assim como uma grande dificuldade em fazer conexões dos acontecimentos. Sabe aquele personagem que ficava dizendo: ahhhh é! E parava segundos tentando fazer as conexões mentais? Senti isso, principalmente nos estudos do Doutorado. A minha disponibilidade corporal para leitura decaiu mais de 60%. Para ler um capítulo de um livro demorava horas. Relia os parágrafos e as conexões demoravam a acontecer. SEM CONTAR NA PERDA DA MEMÓRIA. Esqueci nomes, telefones, nº de CPF, etc. Por isso sou uma apaixonada pelas Ciências Cognitivas e Darwin. O corpo precisa economizar energia, deslocando-a internamente. Ao invés de gastar coma lembrança do nº do CPF, por que deslocá-la para o feto? Energia para manter o bebê aquecido, alimentado e protegido.
E como diria Rita Lee: "mulher é bicho esquisito, todo mês sangra". Eu acrescentaria: "...e que na gestação utiliza todo o seu instinto animal a favor da sobrevivência da cria". Vai encarar?
E você, quais foram as suas percepções ou instintos aflorados?

CURSO PARA GESTANTE

Filhota, ontem, eu e sua avó Beré fomos ao curso de gestante promovido pela loja Oito. A loja de movéis onde compramos o seu bercinho, guarda-roupa e cômoda. Foi muito bom!!!! Começou com uma palestra sobre as vacinas, seguida sobre amamentação, depois uma fala do obstetra Carlos Menezes e ao final os cuidados com o banho. Na palestra com Dr. Carlos aproveitei para tirar minhas dúvidas. Você sabe que sua mãe é uma "cabeçona". E não deixaria essa chance passar em branco. De cara, fiz logo duas perguntas. Sobre o inchaço, edema, que tenho tido no final do dia e sobre a sutura da cesária.
Se pudesse teria passado o dia ali, ouvindo sobre os cuidados que terei que ter com a sua chegada. Mesmo com todas as aulas já dadas por sua tia Cau e pela sua tia Cintiia. Minhas consultoras!!!! Toda vez que tinha alguma dúvida, ligava para sua tia Cau ou era Cintia que me socorria no MSN em São Paulo. Até hoje é asssim!!!
Minha filhota... Ainda que tenha cuidado de seus priminhos: Davi, Leila e Pedro, assim como acompanhado de perto a chegada de sua priminha Amaryllis, devo dizer que estou um pouco apreensiva. São tantas informações, tantas... será que vou conseguir dar conta de tudo? E olha que sou organizada e já estou preparando um planejamento para os dias após o seu nascimento. Pois assim que você chegar na casa de sua vovó beré, teremos que fazer o teste do pezinho, tomar as vacinas iniciais e consultar a sua pediatra.
Se depender de seus pais, tudo será feito "justo e perfeito". Como também diria o seu vovô Alfredinho. A minha preocupação inicial sempre foi com a sua saúde. O resto damos um jeito. Decoração de quarto? Só depois que estivermos em nossa casa de fato. Agora temos que cuidar do conforto básico e pronto. Por isso, lutei para participar do curso. Não pude ir no curso promovido pelo Hospital Santo Amaro, mas graças a sua tia Cintia, deu tempo de me inscrever no de ontem. Com todos os folhetos (veja a foto acima) e todas as informações recebidas, sem falar no instinto de mãe que já está em mim, me sinto mais preparada e tentarei não falhar.
Sabe o que é mais gostoso agora? O cherinho de bebê que já invade a casa toda... O seu quartinho provisório já tem o cherinho das fraldas descartáveis, do sabonete líquido para bebê... e logo logo terá o seu.
Que Deus nos abençõe e abençõe todas as mamães de 1ª viagem!!!!!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lavando suas roupinhas...



Filhota, minha florzinha... Tem sido dias de pouco sol e um desafio para enxugar sua roupinha. É um tal de arrastar varal, saí sol, caí chuva (esse varal é na varanda de sua avó Beré). A sorte é que sua vovó Alidéia tem nos ajudado e levamos um tantão de roupa para ela lavar. Saiba que sua avó Deinha adora lavar roupas! Digamos que é o momento que ela tem para extravassar. E as águas lavam a alma, fluidificam os pensamentos... é muito bom! Eu tenho feito isso também, é claro que em menor intensidade. Mas fiz questão de lavar algumas peças e passar as que serão levadas para a maternidade. É uma emoção saber que estou cuidando das coisinhas da minha filha. Sim!!!! Eu tenho uma filhota aqui no meu ventre.
Tá vendo esse varal? Lavei essas roupinhas hoje. E na última água de enxague coloquei gotinhas de alfazema, para deixar um cherinho bem suave. Seu pai, por exemplo, adora o cheiro de alfazema, acho que foi um gosto herdado dos Filhos de Ghandi. É... deve ter jogado alfazema em muita mulherada por aí. Só que agora vai sentir o cheirinho em sua roupinha.
Não vejo a hora de deixar tudo arrumadinho nas gavetas. Bem passadinho, esperando somente o momento de vestir você. Acredito que com você desenvolverei a "vaidade", se não pedirei ajuda a tia Cau e a sua priminha Bruna, que desde de pequena sabe combinar as peças de roupa. Mas é que sua mainha é de outra linhagem, gosta da companhia dos livros e nunca se preocupou muito com as combinações para se vestir.
Veja que até o seu enxoval é básico. Sem muito luxo. Não somente por motivos de economia , mas porque eu e seu pai temos outras prioridades para você. O que importa é que você venha com saúde e o resto vamos reiventando a cada dia. Ainda bem que sua avó beré é uma costureira de mão cheia e vai fazer vários modelitos.
...
Que façam dias de sol!!!!! Muitos outros varais vão enfeitar o quintal de vovó Beré...

terça-feira, 20 de julho de 2010

A ORAÇÃO: AGRADECENDO A DEUS


MAIS FOTOS: AS TIAS QUERIDAS E A PRIMINHA

FOTOS COM PAPAI

MAIS FOTOS: OS BARRIGUDINHOS, AMIGOS E A PRIMINHA BIA



FOTOS COM AMIGUINHOS


FOTOS COM OS VOVÔ E VOVÓS

FOTOS COM AMIGOS


A ARTE DE TIA DILZA: O CANTINHO DE MARIA ELISA E O BOLO DE FRALDA



O CONVITE DO CHÁ DE FRALDA

Como de costume, esse foi mais um encontro colaborativo. Juntamente com familiares e pessoas queridas nos reunimos e cada uma/um fez uma doação. A começar pelos tios Idélcio e Claúdia que cederam o espaço, a priminha Beatriz que fez o convite e o cartãozinho do bem-nascido, já tia Dilza organizou toda a arrumação (fez o bolo de fraldas, o mural e o cantinho de Maria Elisa), assim como tantas outras pessoas especiais doaram comidinhas bem gostosas para um café da manhã. Como por exemplo, tudo que vovó Beré fez (mingau de tapioca, bolo de carimã, brioche, cuscuz de tapioca, bejú na manteiga, etc.), o chocolate campeão de tia Silvinha, o bolo de aimpim e milho da vovó Alidéia, a torta de chocolate de tia Dani, a torta formiguiero da tia Lali e a torta de nozes da tia Ângela, o pão de tia Teca, a torta salgada de tia Cleide, os folhados de tia Denise e tantas outras coisas. Sabe quando todos querem colaborar em AMOR? Não podia deixar de ser diferente, afinal o meu chá de cozinha e o meu casamento foram assim. Todos reunidos em uma ação de amor. Felizes em contribuir para a celebração da chegada de Maria Elisa. E foi assim... um café da manhã delicioso. Não só pelas comidinhas, mas pela enregia de amor que estava ali. Encontros, conversa fiada, muita alegria e a certeza de que Deus é fiel. Pois ele sempre usa anjos para colaborar com a celebração da vida.

Esse é o sentido da vida: AMOR. Que está nas coisas simples. Não é verdade? AMOR-DOAÇÃO que moveu pessoas para o chá da nossa tutuca. Sem luxo e feito com arte a amor. Arte culinária, de cada pessoa que se dispôs a ir para a cozinha para preparar os deliciosos pratos e Arte pela Arte - nas lembrancinhas e enfeites feitos por pessoas não profissionais, mas com a criatividade da alma. Sem esquecer da arte-trabalho, da doação de Eliana, Gildete (fiéis companheiras do lar), da tia-madrinha lilian (que mesmo dodói estava lá), da prima Leila (tirando as fotos) e das amigas-tias: Selene e Anália.

Aproveito para agradecer por cada pessoa que esteve conosco e partilhou (partilha) desse momento de amor: Maria Elisa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

As primeiras festinhas...





Na ordem de postagem:
1- Batismo da priminha 10/07/2010 (Maria Elisa com 31 semanas)
2- Aniversário da priminha 10/07/2010
3- Aniversário do amiguinho Júlio 06/03/2010 (Maria Elisa com 13 semanas)

Uma fotinha na Copa

Papai e mamãe torcendo... no jogo do Brasil com Holanda.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O EXAME DE BETA HCG


Nome: MARCIA VIRGINIA DOS REIS MIGNAC Registro: 3110095
Médico: TERESA VIDAL CENDON D'ALMEIDA Data Cadastro:29/12/2009
BETA HCG

RESULTADO: 204.6 mUI/mL
Valor de Referência: Negativo: Até 4,45 mUI/mL
0,2 a 1 semana de gestação : 5 a 50 mUI/mL
1 a 2 semanas de gestação : 50 a 500 mUI/mL
2 a 3 semanas de gestação : 100 a 5000 mUI/mL
3 a 4 semanas de gestação : 500 a 10000 mUI/mL
4 a 5 semanas de gestação : 1000 a 50000 mUI/mL
5 a 6 semanas de gestação : 10000 a 100000 mUI/mL
6 a 8 semanas de gestação : 15000 a 200000 mUI/mL
8 a 12 semanas de gestação : 10000 a 100000 mUI/mL

Nesse ir e vir... onde as ocorrências NÃO são postas no blog, de forma linear, cronologicamente falando, deixo registrado o resultado do BETA HCG. Que apesar das evidências no corpicho, o resultado não deixou de ser uma surpresa!!! Pois, quando abri e vi 204.6, gritei: acho que estou grávida, gravidíssima, que já saiu junto com o choro. Mainha já veio chorando... Corri para acordar Pedro, que ainda estava de ressaca devido a um encontro desses de final de ano com os amigos. Que tadinho, não entendeu nada... Foi uma emoção só. Uma benção de Deus. Um presente para nossas vidas. RENOVAÇÃO... Eis que a vida se renova, depois da perda de meu pai.

Para Elisa - Beethoven




Sabe-se que Beethoven teria composto essa obra em 1808 para uma amada... Muito suave!!

Aqui, em uma interpretação de Richard Clayderman.

ULTRA-SONOGRAFIA OBSTÉTRICA EM 30 SEMANAS E 3 DIAS

FOTO RETIRADA NA INTERNET -31 SEMANAS

Hoje fui fazer mais uma ultra... fiquei tão nervosa que esqueci totalmente de fazer as perguntas necessárias!!!! É uma emoção tão grande e minha tutuca fez tanta estripulia, que juro, fiquei com cara de boba!!!! Abriu e fechou a boca, fez o movimento de sucção, abriu e fechou os olhinhos... uma coisa fofa!!! Ela é comprida, só o Femur mede 6,1cm e seu peso está em 1.635g, o que indica que ela será esbelta. Comprida e esbelta!!!!Tudo tão formadinho, que eu só tenho a agradecer!!! DEUS é FIEL e MARAVILHOSO!!!!
Vamos as medidas...
Peso - 1.635g
DBP- 79mm
DOF- 100mm
CC- 281mm
CA-259mm
CF- 61mm
Ufa... ainda faltam 39 semanas!!!!!! E Lisoca ainda crescerá bastante.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Migração da minha menina- bailarina...




Essa postagem começou no meu outro blog - CORPOSSIBILIDADES DANÇANTES, encontrada em: http://corpossibilidades.blogspot.com/2010/05/por-onde-andara-sua-menina-bailarina.html#comments E devo confessar que , de cara, já paguei minha língua: cá estou eu enfeitando o quarto de Maria Elisa com bonequinhas bailarinas e fazendo como lembrancinha maternidade uma bailarina de pano. Desejo mais que CONSCIENTE, de que ela tome gosto pela dança. Ai Jesus...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

DA GESTAÇÃO EM MIM...

Hoje quero falar do amor-gestação que estende-se juntamente com o desenvolvimento de minha filha. Um amor no ventre. Que se fez corpo em nós, eu e Maria Elisa, para depois torna-se sentimento abstrato, difícil de ser explicado e entendido. Um amor que ainda busco entender e é distinto de tudo que já senti, mas que chega bem perto de um amor que já conheço há 39 anos, o amor da minha mãe por suas filhas.

Talvez, por isso, este post seja uma fala que só encontrará abrigo entre as mães. Mulheres-mães que compartilham de um conhecimento tácito, que não necessitaria de palavras, ainda que elas estejam aqui, mas que se sabe além do verbo: pelo olhar, uma respiração, um gesto...

Um amor-corpo que se sabe fazer no riso que escapa nos lábios, ao sentir o desconforto mais prazeroso: o movimento fetal no ventre. E que atende também por muitos nomes: felicidade, contentamento e até angústia e solidão. Justamente pela incapacidade de ser verbo para o outro, com a tamanha lucidez sentida na carne. Talvez por isso, diz-se que o amor de mãe é único. Afinal que lábios ousariam a proferi-lo, se não os da pessoa que o encarnou por 9 meses?

E hoje chorei pela ausência de escuta entre nós. Pela voz que se fez muda, ainda que houvesse som. Não por culpa do outro, mas pela incapacidade de se mudar uma situação que é inerente pela sua própria natureza. Como fazer um pai encarnar um amor-gestação da mesma forma que se vive no corpo- grávido? Entender as alegrias, medos, choros, deslumbramentos, consumos exagerados , ohhhs e ahhhs, como constituintes físicos e não apenas abstratos? Saber que os medos trazidos com a proximidade do parto, não são exageros? E o quê se quer, na verdade, é abrigo, abraço e a cumplicidade da carne, na mesma intensidade sentida na relação mãe e filha (o), mesmo que se tenha apenas um ventre pleno.

E o que dizer das “não-queixas”? A perda da forma física, das novas marcas que já fazem parte do que sou agora –muitos kilos a mais, estrias, manchas e celulite, sem que sejam entendidas como parte banal da vaidade feminina, e sim como um modo de pedir um elogio, ainda que da forma inversa. De chamar o masculino para a gestação, que também se cansa de ser tão feminina e necessita de um amante que chegue trazendo mais do que flores.

E se houvesse escuta e os elogios chegassem, mesmos assim não dariam conta da tamanha intensidade sentida na gestação encarnada. Pois é no CORPO que se gesta, de modo que, o verbo SEMPRE será uma tradução insuficiente de uma FISICALIDADE existente apenas em um ou pelo menos em dois corpos.

Entre as poucas-muitas falas ou falas mal interpretadas... Entende-se que a gestação é por si uma experiência solitária, partilhada por dois (na maior parte do tempo), e não por três. Um vínculo puramente carnal que se estabelece entre mãe e filha ou mãe e filho. E que por isso, caberá tantos desencontros no tempo. Quem saberá do que se passa, aqui, se não o ventre em mim?
Mas é chegado o "aparente" fim da gestação com a hora do parto. Outros tempos, outros modos de gestar e tantos outros desencontros existirão. Afinal é nesse período que reinicia-se a gestação para o pai, com a fisicalidade aparente do bebê. E, o dentro e fora finalmente não se separam, misturam-se entre o pai, mãe e o filho (a). Seria a chance da gestação ser sentida por três?

Escrevo aqui, não para culpabilizar o universo masculino, mas para entender o pai como um ser que é redimido, antes mesmo de proferir algo. E expressar o desejo de que os seres mais evoluídos possam ter gestações compartilhadas entre machos e fêmeas, meio a meio, para que ambos gestem na carne, verbos que são incompreensíveis fora dela. Para que então, esse amor-gestação que se estende em mim, não seja apenas um conhecimento tácito entre nós mães, mas que se sabe entre todo e qualquer ser vivente.

Talvez assim, você chegasse e me olhasse de modo diferente, sem que eu precisasse chorar por pouca coisa. Ou então ficaria do meu lado, como quem sabe muito bem o que sinto, assim como minha mãe, que toda a noite me olha e sem falar nada, me diz: sei bem o que é isso.
Quem sabe assim, os amores de pais e mães seriam muito mais próximos, ou padeceriam no mesmo paraíso?

(mu)DANÇAS...


Você só me fez e me faz mudar...ventre, curvas, seios, cheiros, gostos...
Usa-me, estende-se para crescer
Um fazer-se gente, mudando também em mim.

(Márcia Mignac, Julho 2010)